Golpes Bancários em 2025: saiba como se proteger e o que fazer se for vítima
- franciscoadvogado2
- 5 de mai.
- 3 min de leitura
Atualizado: 7 de mai.

Com o avanço das tecnologias, os golpes bancários se tornaram cada vez mais sofisticados. Diariamente, milhares de brasileiros são vítimas de fraudes através de clonagem de cartões, engenharia social, falsas centrais de atendimento, links maliciosos, aplicativos falsos e transferências indevidas via PIX. Os prejuízos financeiros são altos — e o pior: muitas vezes, o consumidor é surpreendido com a negativa do banco em ressarcir os valores perdidos.
Neste artigo, explico por que a negativa do banco nem sempre é a palavra final.
Golpes Bancários em 2025: Você Sabe Identificar o Risco?
Criminosos utilizam técnicas cada vez mais convincentes — capazes de enganar até os usuários mais atentos. A seguir, alguns exemplos que têm se repetido com frequência:
Falso funcionário do banco: golpistas se passam por atendentes da instituição e convencem a vítima a fornecer dados confidenciais ou realizar transferências para suposta “proteção da conta;
Golpe do PIX reverso: Os golpistas enviam um Pix para a vítima, acionam o Mecanismo Especial de Devolução (MED) e, enquanto a transação é analisada, enganam a vítima para que ela devolva o valor;
Clonagem de WhatsApp: o criminoso utiliza contas clonadas para solicitar PIX aos contados da vítima;
Phishing Bancário: links falsos enviados por e-mail ou SMS direcionam o usuário a páginas fraudulentas, idênticas às oficiais.
O Que Fazer Se Você Foi Vítima
Se você foi alvo de um golpe, algumas medidas imediatas são essenciais:
Comunique o Banco Imediatamente e solicite o bloqueio das movimentações e cartões.
Registre um Boletim de Ocorrência, o que ajuda a documentar a fraude.
Busque apoio jurídico especializado. Embora os bancos frequentemente tentem se isentar de responsabilidade, a legislação e os tribunais têm amparado o consumidor em diversas situações.
Responsabilidade dos bancos: o que diz a Justiça
A pergunta crucial não é "como evitar golpes", mas sim: o que fazer quando o banco lava as mãos e você perde dinheiro?
Mesmo que os bancos aleguem falha do cliente, o entendimento majoritário nos tribunais é claro: cabe às instituições financeiras garantir a segurança das operações realizadas em suas plataformas.
Sempre que há falha na prestação do serviço ou não se comprova conduta culposa por parte do consumidor, é comum que o Judiciário determine o ressarcimento integral dos valores desviados, além de indenização por danos morais, dependendo do caso.
Contudo, cada situação exige análise técnica individualizada. Documentos, extratos, comunicações e o histórico da movimentação são elementos fundamentais para construir uma boa estratégia jurídica.
Foi vítima de um golpe bancário? Saiba que você não está sozinho
O mais importante é agir com rapidez, reunir provas e contar com orientação adequada. Um atendimento jurídico especializado pode ser decisivo entre o prejuízo e a reparação.
Se você ou alguém próximo passou por uma situação parecida, entre em contato. Seu caso será analisado com seriedade, técnica e transparência.
Conclusão: Não Aceite a Primeira Resposta do Banco
A alegação de que a transação foi feita com senha, biometria ou em dispositivo reconhecido, embora frequente, não exonera automaticamente o banco de responsabilidade. Essa justificativa muitas vezes serve apenas para desestimular o consumidor — que, por desconhecimento dos seus direitos, acaba desistindo de buscar reparação.
A boa notícia é que a Justiça tem reconhecido com frequência a falha na segurança oferecida pelas instituições financeiras e exigido o reembolso dos prejuízos, além da reparação moral em casos específicos.
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